domingo, 27 de março de 2011

Futebol – Gestão, profissionalização e bola na rede?

O projeto Gigante para Sempre – sobre a reforma do Beira-rio para cumprir exigências da FIFA – foi assunto nos últimos dias.
Mesmo que para a grande maioria dos torcedores “do cimento” (é como se referem ao torcedor comum) o resultado do time seja jogar, ganhar com muitos gols, erguer taças e colecionar títulos; existem muitas outras forças na correnteza do futebol.
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A discussão girou em torno de duas alternativas: o Modelo de AUTO FINANCIAMENTO e do Modelo de PARCERIA.
O clube já vinha bravamente tocando as obras por conta própria – com o estádio em funcionamento (manobra ninja) –, mas segundo a direção apresentou aos conselheiros no início de Março esta alternativa estava apresentando um nível de risco elevado.
Os principais defensores do AUTO FINANCIAMENTO ressaltam os tempos gloriosos das campanhas para a construção do Beira-rio, além do argumento que é o único meio de reformar a nossa casa e ela continuar sendo só nossa. Bons tempos aqueles da campanha dos tijolos, mas agora são outros tempos e temos prazo se quisermos ser sede da copa.
Na minha opinião, o risco maior do auto financiamento é comprometer o rendimento do futebol – que é a razão de ser do clube. É sabido que um desempenho medíocre em campo é queda de receita certa. O torcedor deixa de pagar a mensalidade, não vai a campo, a venda de camisetas e outros licenciados caem; uma coisa puxa a outra e o rumo é o buraco.
o Modelo de PARCERIA sairá mais caro? Sem dúvida, é o ônus de qualquer financiamento. Em termos domésticos, se eu quero comprar um carro e não tenho o valor, a solução é um financiamento; o que não é razoável é decidir não comer e nem vestir porque quero o carro e quero à vista, porque o financiamento sai mais caro. O grande problema visto por todos nesse modelo é o fato dessa parceria ter sido acertada somente com uma construtora.
Olhei a opinião de alguns movimentos políticos do Clube, além da posição da atual gestão e o que encontrei foi muito legal e me deixou mais orgulhosa (se é que isso é possível) de ser colorada.
Nesse debate/embate não houveram vencedores ou vencidos uma vez que o Conselho entrou em CONSENSO o que demonstra a maturidade das forças políticas do Clube quando o assunto é de grande importância para o futuro do Inter.
A solução encontrada parece ser a menos pior: Modelo de Parceria com ampla concorrência.
Torço para que a ampla concorrência ocorra e que os prejuízos de ceder a exploração de espaços do estádio por 20 anos não seja tão danoso.
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Tem mais um assunto para além do cimento que habita meu pensamento nesses últimos tempos.
O Internacional está buscando a profissionalização da gestão do clube; pessoalmente aplaudo a iniciativa e acredito na capacidade e competência do CEO escolhido pelo presidente.
Então onde reside a minha preocupação? Na receita de bolo. Um órgão público é diferente de uma empresa privada e diferente de um clube de futebol. Cada qual tem suas especificidades e por isso requer planejamento, consultorias e ações estratégicas igualmente específicas.
Ficarei observando para ver qual será a modulação aplicada na receita de bolo, sempre esperançosa que reverta em benefícios para o nosso Clube do Povo.
Rumo ao Tri da América, mas quero mesmo é o Campeonato Brasileiro!!!
Bjokas

3 comentários:

  1. Muito legal o teu blog e muito bem escrito o teu texto!

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  2. Muito bem concatenada essa reportagem.
    Grande Andrea.
    abs

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